Por que os cursos de idiomas falham

Nem todos se adequam à modalidade apresentada pelos cursos livres de idioma. Por que isso acontece, e por que ainda assim insistimos neles?

Raphael Salvador Loureiro • 12 min • 18 de janeiro de 2025


O bairro onde moro tem uma infinidade de cursos de idiomas. Alguns fecharam, sim, em grande parte por conta da devastação econômica causada pela pandemia de COVID-19, somada ao ganho de popularidade do Ensino a Distância. No entanto, a paisagem da região central onde moro segue sendo marcada pelos pequenos prédios coloridos com portas de vidro e uma placa de "OPEN".


Pessoas de vários outros bairros se deslocam para cá, determinadas a aprender uma língua estrangeira, geralmente o inglês. Muitas querem fazer uma viagem ou um intercâmbio. Outras sonham em poder conversar com uma parte da família que não fala português. Também há aqueles que querem entender os filmes e séries sem legenda. Ah, e as pessoas que aprendem por motivos de trabalho! Essas são as mais comuns, e as que mais tendem a desesperadamente buscar soluções para turbinar o inglês - afinal, nunca se sabe quando será a próxima entrevista ou a próxima promoção para aquela oportunidade que exige o conhecimento da língua.


Seja qual for a motivação, é muito provável que esses aprendizes tenham chegado a um daqueles cursos por conta do espertíssimo marketing, no qual essas empresas investem pesadamente. Talvez, tenham assistido um comercial como esses: